Notícias

Música e sarau de poesias marcam comemoração dos 25 anos do CapsAD

Publicada em 08/12/2017, às 18h35 | Atualizada em 08/12/2017, às 18h35

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


André Sobral
25 anos Caps AD
Evento "Sarau de Todos Nós" marcou a comemoração do aniversário de 25 anos do CapsAD

Ao som de Cartola, Alcione, Cláudio Zoli, entre outros artistas da Música Popular Brasileira, os profissionais e pacientes do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III (CapsAD 24 horas) cantaram, leram e ouviram poesias no "Sarau de Todos Nós", na tarde desta sexta-feira (8).

O evento faz parte das comemorações que acontecerão ao longo de todo o mês de dezembro para celebrar os 25 anos de funcionamento do local.

A musicoterapeuta Djaldéa Felix Fernandes explica que, como a música traz sentimentos positivos, ela ajuda as pessoas a se reorganizarem. Além disso, as canções ouvidas abordam a realidade e a história de muitas pessoas que estão no Caps. "Quando você conhece a sua história, sabe de onde você vem, é possível fazer as pazes com as situações que te fizeram mal e então seguir em frente".

Ex-diretores

André Sobral
25 anos Caps AD
Festa contou com a presença de ex-diretores que fizeram parte da história do local

A festa contou com a presença de ex-diretores que fizeram parte da história do CapsAD. Ítalo Francisco Campos, o primeiro diretor do local, contou como foi o início do trabalho, uma novidade na época.

"Como eu era referência de saúde mental na Secretaria Municipal de Saúde, apresentei o projeto de construção de um serviço especializado no tratamento de pessoas com dependência em álcool e drogas. Escolhi o terreno num local de fácil acesso e construímos o espaço como idealizamos: com consultórios individuais, auditório que pudesse ser cedido para a comunidade, com área aberta. E depois da obra concluída, realizamos concursos para psicólogos e eu dirigi o serviço por um ano".

Inez Torres, diretora entre maio de 1998 e março de 2005, lembra que o serviço viveu um momento muito rico nesse período, como o Convênio de Cooperação Técnica Brasil- União Europeia, que auxiliou o então Centro de Prevenção e Tratamento de Toxicômanos (CPTT) a construir a Rede de Atenção ao Uso de Drogas em Vitória.

"Nós queríamos trazer vida para cá. Então, fortalecemos a equipe e o serviço foi se expandindo. Fizemos parcerias entre setores da Prefeitura, com ONG´s e iniciativa privada. Assim, conseguimos aumentar o número de atividades realizadas por ano de aproximadamente 9,8 mil em 1997 para cerca de 21 mil procedimentos no ano 2000".

Renato Carlos Vieira foi diretor no período de 2013 a 2014 e destaca a diferença do perfil dos pacientes atendidos pelo serviço quando ele surgiu, nos anos 90, para hoje. "Na década de 90, não existia o crack, a droga mais usada pelos adolescentes era o tíner e a heroína era a mais pesada. Hoje, a realidade é diferente e essas mudanças exigem dos profissionais de saúde, mesmo os que têm muita experiência, novos manejos clínicos também", afirmou.


Voltar ao topo da página