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Mulheres empreendedoras conquistam autonomia financeira com pequenos negócios

Publicada em 04/09/2017, às 08h00

Por Edlamara Conti (econtieira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Divulgação Semas
Inclusão Produtiva
Maria Sueli Gonçalves Barcelar abriu o seu próprio salão após passar pela Inclusão Produtiva
Divulgação Semas
Inclusão Produtiva
Claudia Irias Molina resolveu criar uma linha de produtos veganos

As mulheres são maioria nos cursos, palestras e consultorias sobre empreendedorismo promovidos pelo Serviço de Inclusão Produtiva (SIP) da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). E elas estão conquistando mercados e elevando a autoestima com os pequenos negócios que ousaram criar.

"Muitas mulheres procuram atividades que podem ser feitas em horários flexíveis e dentro de casa, pois têm demandas que o emprego formal não atende: desde dar conta de filhos, da casa, até outras situações. Então, elas criam seus próprios negócios, conseguem gerar renda e conquistam autonomia financeira", explica a consultora da Inclusão Produtiva Débora Rogers.

É o caso de Claudia Irias Molina, natural da Nicarágua, há apenas três anos em Vitória. Ela fez os cursos do Cras de Maruípe sobre vendas, apresentação de produtos e empreendedorismo e, então, resolveu criar uma linha de produtos veganos (que não contêm ingredientes de origem animal, como ovos ou leite): Chandan.

Claudia começou fazendo pão integral, depois ela mesma criou algumas receitas e hoje já tem uma linha com 10 produtos, entre pães, biscoitos, bolos e hambúrguer de soja, que é o campeão de vendas por encomenda. Hoje, ela comercializa em uma feira na Mata da Praia e na pracinha de Jardim da Penha, às quartas-feiras e aos sábados, além de participar de eventos de alimentos e artesanatos.

Alimentação

Os cursos na área de alimentação estão entre os mais procurados pelas mulheres na Inclusão Produtiva, seguidos por artesanato, costura e beleza. Em todo o País, segundo a Receita Federal, as mulheres são a maioria dos Microempreendedores Individuais (MEI´s) na produção de alimentos (59%), serviços (54%) e comércio (53%).

Superação

"Quando conheci a Inclusão Produtiva, eu estava sem perspectivas. O primeiro trabalho das consultoras é de colocar a gente para cima, de mostrar que podemos mudar a história e sonhar", disse a manicure Maria Sueli Gonçalves Barcelar.

Por meio do Cras de Consolação, ela fez uma oficina de projeto de vida e de empreendedorismo e várias capacitações, como gestão financeira, e começou a sonhar com o próprio salão. Hoje, ela tem o Studio Sueli Gonçalves, na avenida Marechal Campos, com o qual já obtém renda suficiente para se manter e abriu mão dos benefícios que recebia (Bolsa Família). 

"O que faz a diferença é o acompanhamento do SIP. Todo mês, a gente tem que trazer as planilhas para a equipe avaliar e orientar a gente. Isso faz com que a gente não desanime, corrija os erros e siga em frente", diz.

Elizabeth Nader
Curso de confeiteiro na unidade de inclusão produtiva
Serviço de Inclusão Produtiva (SIP) tem como objetivo estimular as famílias a desenvolver novas capacidades e habilidades
Divulgação Semas
Curso Gratuito de Chocolateria, inclusão produtiva, geração de renda
Mulheres estão conquistando mercados e elevando a autoestima com os pequenos negócios que ousaram criar

Negócios na prática

O vocabulário empresarial, termos como fluxo de caixa e networking e o domínio de planilhas não são barreiras nesse processo. Com a prática do dia a dia, as mulheres empreendedoras vão dominando as técnicas, segundo o professor Gustavo Acúrcio Santos, administrador, consultor e sócio em uma empresa de confecções há 20 anos.

"Elas trazem as dificuldades que encontram na prática, como apurar lucro, fazer o controle diário e não misturar o negócio com as questões pessoais. Então conversamos sobre esses desafios diários e elas crescem a cada dia", diz.

"A atitude empreendedora não é fácil, demanda tempo, dedicação e noções de gestão. Mas pode ser compensadora e garantir renda para toda a família", explica a coordenadora do Serviço de Inclusão Produtiva, Layla Daud Siqueira, que conta com cerca de 40 projetos.

Serviço de Inclusão Produtiva

O Serviço de Inclusão Produtiva (SIP) tem como objetivo estimular as famílias a desenvolver novas capacidades e habilidades, conhecer noções de empreendedorismo e alcançar a autonomia financeira.

O SIP possui dois espaços coletivos de produção em São Pedro e realiza empréstimos de equipamentos e utensílios, além de participar do processo de acompanhamento das ações, com o objetivo de contribuir para que as famílias em situação de vulnerabilidade social acessem as oportunidades de trabalho e renda existentes no município.

Unidade de Inclusão Produtiva (UIP) Escola da Vida
Local: rodovia Serafim Derenzi, 4.455, próximo ao Banestes, Bairro São José
Telefone: (27) 3332-5976
Horário de atendimento: das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30

Unidade de Inclusão Produtiva (UIP) de São Pedro
Local: rodovia Serafim Derenzi, 4.684 – próximo à Policlínica de São Pedro
Telefone: 3233-8211
Horário de atendimento: das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30

Elizabeth Nader
Comemoração do curso de alfaiataria na Unidade de inclusão produtiva
Elizabeth Nader
Curso de confeiteiro na unidade de inclusão produtiva

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