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Mucane 25 Anos: programação encerra com tradição e contemporaneidade

Publicada em 14/05/2018, às 16h09

Por Leo Vais, com edição de Matheus Thebaldi


Divulgação Melanina
25 anos do Mucane
Público lotou a avenida República para prestigiar o show do músico Rincon Sapiência
Emaranhado Divulgação
25 anos do Mucane
Apresentação da performance "Kalunga", do Coletivo Emaranhado, marcou o aniversário de 25 anos do Mucane

"É um prazer cantar no Museu do Negro, neste espaço que é de todo mundo". Dessa forma, Rincon Sapiência deu as boas-vindas ao público que prestigiou a programação "Memória e Resistência", que aconteceu neste último domingo (13), dentro da programação de 25 anos do Mucane.

Performance

As atividades começaram às 14 horas, com a apresentação da performance "Kalunga", do Coletivo Emaranhado, que começou com a lavagem da calçada do museu e ocupou toda a área térrea do espaço.

"O Emaranhado completa no cenário capixaba cinco anos de resistência neste mês de maio. Podermos participar da comemoração e programação dos 25 anos do Museu Capixaba do Negro é muito representativo, pois, além de seguirmos a linha de pesquisa da cultura afrobrasileira, participar do evento dá potência para continuarmos trabalhando com o segmento das artes negras" disse Maicom Souza, integrante do coletivo, após a apresentação ser calorosamente aplaudida pelo público.

Apresentação musical

Na sequência, o público ocupou a avenida República para conferir a apresentação da cantora Monique Rocha, com o show "O Canto da Guerreira". O trabalho fez um passeio pela obra da cantora Clara Nunes, através de grandes sucessos da artista, como "O Mar Serenou" e "Canto das Três Raças", músicas que tratam de questões ligadas à religião afro e ao povo negro. O espetáculo contou com a participação do grupo Negraô e do grupo de capoeira Besouro, além de baianas do Carnaval de Vitória.

Rap

Encerrando o evento, Rincon Sapiência levou o universo do rap e as misturas musicais promovidas no álbum "Galanga Livre". O músico levantou a plateia com músicas como "A Coisa Tá Preta" e um show que misturou ciranda, música africana e samba ao hip hop do artista.

Aprovação

Para a professora Érika de Souza, moradora de Santo Antônio, o evento marcou a importância histórica do espaço. "São 25 anos de Mucane. Só por esse número a gente vê a importância, a história do museu, sua representatividade. Fechar a rua foi uma ideia bem bacana. Tudo organizado, uma exposição belíssima. Eu  achei muito bom ver um espaço como o Mucane movimentado. Os shows foram incríveis, o samba, o rap com um discurso social. Muito bacana".

Exposição

Entre 9 e 13 de maio, o Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane) realizou uma programação que uniu a tradição e o contemporâneo, com música, dança e artes visuais, além de pautas que apresentam novos olhares sobre a construção da história da população negra no Brasil.

Além das apresentações musicais e de uma série de mediações, aconteceu a exposição "UJUZI: Conhecimento é Poder", do Coletivo UHURU. O trabalho tem a proposta de aproximar o público das principais linguagens africanas, através do grafite, vídeo mapping, artes plásticas e simbologias africanas. A mostra fica em cartaz até 14 de julho, de terça a sexta-feira, das 13 às 18 horas, e sábado, das 10 às 14 horas.

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25 anos do Mucane
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