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Festival de Cinema de Vitória: homenagem e produção audiovisual capixaba

Publicada em 12/09/2017, às 13h53 | Atualizada em 12/09/2017, às 16h09

Por Leo Vais, com edição de Leo Vais


Diego Alves
Festival de Cinema de Vitória
Festival de Cinema de Vitória acontece até sábado (16) no Theatro Carlos Gomes
Diego Alves
Festival de Cinema de Vitória
Prefeito em exercício, Sérgio Sá destacou a importância do evento para o fomento do audiovisual e da cultura local

Cinéfilos de plantão: foi dada a largada para a maratona da sétima arte. Começou nesta última segunda-feira (11), no Theatro Carlos Gomes, a 24ª edição do Festival de Cinema de Vitória, antigo Vitória Cine Vídeo, a mais importante mostra de cinema do Espírito Santo, que segue até sábado (16) com uma intensa programação.

Na cerimônia de abertura, o prefeito em exercício, Sérgio Sá, que também é sobrinho do cineasta Ricardo Sá, destacou a importância do evento para o fomento do audiovisual e da cultura local. "Sem dúvida alguma, todas as atividades que fomentam a cultura e que levam a cidade de Vitória para eventos tão importantes como esse merecem todo o apoio. Parabéns a todos, que vocês tenham um festival maravilhoso e que as oficinas sejam enriquecedoras".

O secretário municipal de Cultura, Francisco Grijó, ressaltou a importância do audiovisual como linguagem artística. "É uma noite de muita felicidade hoje, e eu quero deixar claro para vocês que a Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, está muito satisfeita de participar desta edição do festival. Eu sou da área de Literatura, uma área que subsidia o cinema, porque a gente já contava histórias antes do cinema existir. Mas a gente sabe como o cinema é mais completo, como é mais rico e comunica de uma maneira mais rápida e eficiente. E dizer que o cinema é eterno".

Homenagem

A homenageada Margareth Galvão coleciona, entre sets de filmagem e espetáculos de teatro, mais de 45 trabalhos como atriz, diretora e dramaturga. Por 16 anos, também dedicou-se a transmitir às novas gerações seu conhecimento como professora de teatro na Escola Técnica de Teatro, Dança e Música Fafi. "Como não ficar feliz? Trabalho há 43 anos com teatro e há 20 anos com cinema. Como não se sentir feliz com uma homenagem dessas?".

Margareth, que foi condecorada com a Comenda Maurício de Oliveira, em 2016, atuou, entre curtas e longas-metragens, em filmes de diversos gêneros, como “A Morte da Mulata” (2000), de Marcel Cordeiro; “Baseado em Estórias Reais” (2002), de Gustavo Moraes; “A Noite do Chupacabras”, de Rodrigo Aragão; e “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” (2013), de Rodrigo de Oliveira.

Mostra Foco Capixaba

Com os mestres de cerimônia Jéssica Freitas e Matheus Nachtergaele, a primeira noite de exibição começou com a sessão especial do desenho "Irmão do Jorel", de Juliano Enrico. Na sequência, aconteceu 6ª Mostra Foco Capixaba. Com curadoria de André Dib, a mostra é uma janela para a recente produção audiovisual capixaba.

A mostra apresentou cinco produções, três ficções e dois documentários, apresentando a diversidade da cena local. Foram eles: “Câmera Calibre”, de Anderson Bardot; “C(ELAS)”, de Gabriela Santos Alves; “Labor”, de Thiago Moulin; "Abissal", de Paulo Sena; “HIC”, de Alexander Buck.

Encerrando a noite, o longa “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky, exibido dentro da 7ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. A diretora destacou a importância da representatividade no audiovisual.

"O espaço da tela tem que ser ocupado por várias vozes. É importante valorizar a diversidade e a produção local. Aqui tem mostra local, mostra de negros, mostra de mulheres. Você tem uma diversidade de vozes, e se você for ver, é uma memória que o festival está fazendo, é um registro histórico".

Curta "Na Quebrada"

Dentro da programação do 24º Festival do Cinema de Vitória, será exibido o filme "Na Quebrada", produzido pelos jovens atendidos na Casa da Juventude, em São Pedro. O filme integra a 2ª Mostra Cinema e Negritude, que acontece no sábado (16), às 14 horas, no Carlos Gomes.

O curta-metragem tem duração de aproximadamente quatro minutos, e foi elaborado, produzido, gravado e estrelado pelos jovens atendidos na Casa da Juventude. A história gira em torno de dois jovens que saem pela comunidade de São Pedro em busca de um “produto típico” da região para oferecer para o estrangeiro que visita a cidade.

O trabalho foi gravado na região de São Pedro e tem como objetivo quebrar paradigmas, desconstruir preconceitos e valorizar a cultura local. A trilha sonora do curta é de autoria do MC Islan Gusmão, 22, morador de São Pedro.

O vídeo é uma realização da Casa da Juventude, que é um equipamento da Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid), em parceria com a produtora Milindro.

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Secretário de Cultura, Francisco Grijó ressaltou a importância do audiovisual como linguagem artística
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Primeira noite de exibição teve Jéssica Freitas e Matheus Nachtergaele como mestres de cerimônia

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