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Ex-fumante retorna a grupo de Santo Antônio para dar depoimento

Publicada em 16/08/2017, às 12h57

Por Milene Miguel, com edição de Matheus Thebaldi


Divulgação Seme
Grupo de apoio ao tabagista da US Santo Antônio
Ex-fumante Marcelo Gomes relatou a sua experiência para os participantes do Grupo de Apoio Terapêutico ao Tabagismo (GATT)
Divulgação Seme
Grupo de apoio ao tabagista da US Santo Antônio
Fonoaudióloga Patrícia Ribeiro, ex-fumante Marcelo e diretora da US Santo Antônio, Cathiana Dalto, destacam bons frutos colhidos no GATT

O fumo é um dos grandes causadores de faringite, bronquite, câncer, entre outros problemas. Por isso, Vitória conta com o Grupo de Apoio Terapêutico ao Tabagismo (GATT), inserido em 26 unidades de saúde do municipio. O objetivo é reduzir a prevalência de fumantes e a morbimortalidade consequente do consumo de derivados do tabaco.

Na manhã desta quarta (16), o GATT da Unidade de Saúde (US) de Santo Antônio recebeu o ex-participante Marcelo Gomes, que tem 44 anos e está há três sem fumar. Ele teve a oportunidade de contar a sua experiência com o cigarro.

A unidade iniciou o grupo em 2014. Desde a sua implantação, mais de 30 pacientes conseguiram parar de fumar. "Decidi largar o cigarro, passei pela avaliação e iniciei no grupo. Gostei tanto que depois trouxe a minha irmã e ela também conseguiu parar de fumar. A minha vida sem o cigarro mudou completamente", disse Marcelo, que integrou a primeira turma.

Para a diretora da US, Cathiana Dalto, as reuniões têm colhido bons frutos. "Nós temos uma equipe muito bem estruturada e temos visto ótimos resultados. Esse é o verdadeiro exemplo de Estratégia de Saúde da Família, pois quando um paciente deixa de fumar ele melhora não somente sua saúde fisiológica, mas também sua saúde mental e social. Não é apenas o paciente que ganha, mas todas as pessoas que estão à sua volta".

Ela ainda ressaltou que o principal requisito para ingressar no grupo é ter vontade de parar de fumar. 

Tratamento

O modelo de tratamento ofertado aos usuários é o preconizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), que inclui a abordagem cognitivo-comportamental do fumante, com intervenções cognitivas e treinamento de habilidades comportamentais, visando à cessação e à prevenção à recaída. Quando há indicação, existe o tratamento medicamentoso.

O indivíduo deve passar por uma consulta de avaliação clínica antes de iniciar as sessões de abordagem. Nela, é avaliada a motivação da pessoa em deixar de fumar, seu nível de dependência física da nicotina, se há indicação ou contraindicação de uso do apoio medicamentoso, existência de comorbidades psiquiátricas e sua história clínica.

Sessões

A abordagem consiste em sessões individuais ou em grupo de apoio - Grupo de Apoio Terapêutico ao Tabagista (GATT), com 10 a 15 participantes. Durante as sessões, os indivíduos que tiverem indicação poderão utilizar apoio medicamentoso do adesivo transdérmico de nicotina (21mg, 14mg e 7mg), goma de mascar de nicotina (2mg) ou cloridrato de bubropiona (150mg).

Para o munícipe que deseja parar de fumar, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima e iniciar o tratamento. 


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