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Estudo mostra que principais criadouros de mosquito estão em residências

Publicada em 08/03/2019, às 15h15 | Atualizada em 08/03/2019, às 15h18

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Josué de Oliveira


André Sobral
Ação de Combate a Dengue em Jardim Camburi
De acordo com o levantamento, os principais criadouros do mosquito estão dentro de residências

A Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) realizou em fevereiro o primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 e concluiu que os principais criadouros do mosquito continuam sendo recipientes domésticos: ralos de banheiro, calhas, pratos para vasos de plantas e tonéis de água.

O levantamento aponta ainda que a cada 100 imóveis, uma média de 1,8 apresentavam focos do mosquito, o que é considerado um risco médio de infestação por Aedes na capital.

Confira o estudo completo

O índice de infestação predial mostra ainda que os bairros Ariovaldo Favalessa, Mario Cypreste, Caratoíra, Santa Teresa, Cabral, Quadro, Santa Clara, Ilha do Príncipe, Joana D’Arc, São Cristóvão, Santa Martha e Andorinhas ficaram com risco baixo de infestação (inferior a 1%).

Médio risco

Mesmo com o LIRAa abaixo do índice realizado em janeiro do ano passado (quando ficou em 2,3%), os números alertam para o médio risco, o o que significa que a população não pode descuidar dos locais que tradicionalmente acumulam água.

"A orientação é que as pessoas permaneçam realizando vistoria de suas casas e imóveis em geral pelo menos uma vez por semana para eliminar depósitos com água parada e, assim, romper o ciclo de vida do mosquito. Além dessas ações, a Prefeitura faz o tratamento dos criadouros naturais dos mosquitos silvestres e comuns, com aplicação de larvicida biológico", disse a gerente de Vigilância em Saúde, Arlete Frank Dutra.

O município pede atenção

Nesse início de ano, o Ministério da Saúde alertou para a identificação do sorotipo 2 como o vírus da dengue predominante entre os mosquitos, algo que não acontecia desde 2011.

“O alerta em relação a esse vírus é que, segundo nossos estudos, dos quatro vírus da dengue, o sorotipo 2 é o que apresenta manifestações mais graves da doença. Em 8 anos, temos uma quantidade muito grande de pessoas que nasceram nesse período e nunca tiveram contato com esse tipo de vírus, além dos indivíduos que nunca tiveram a doença nos anos em que esse vírus circulou. Tudo isso aliado ao clima de calor e chuvas, o que propicia a procriação do mosquito Aedes aegypti, deixa todos em alerta”, afirma a coordenadora em Vigilância Epidemiológica de Vitória, Tatiane Comerio.

Ações

Para enfrentar esse cenário, o Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) realiza a programação de aplicação espacial de inseticida (fumacê) e várias outras ações de rotina, como a visita domiciliar dos agentes de endemias, que fazem tratamento e eliminação de eventuais focos e orientam os moradores sobre medidas de prevenção. Além disso, a equipe também promove ações educativas nas comunidades, unidades de saúde, escolas e locais de grande movimentação.

Apenas nos primeiros meses de 2019, os agentes visitaram 60 mil residências e realizaram 48 ações educativas onde abordaram diretamente 5.417 pessoas.

Monitoramento
O LIRAa é realizado quatro vezes por ano. O resultado apresenta a situação de risco dos bairros, divididos em 13 estratos, com os principais criadouros encontrados. Dessa forma é possível direcionar ações específicas para obter um controle mais eficaz dos mosquitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, os parâmetros para classificação quanto à infestação pelo Aedes aegypti são: menor que 1%, baixo; de 1% a 3,99%, médio; e acima de 3,99%, alto.

Checklist
Os moradores devem ficar em alerta e podem realizar o check list para combater os mosquitos. Ele também está disponível no aplicativo Vitória Online, no acesso "Combate à dengue". O munícipe escolhe uma ação de combate a ser realizada semanalmente em sua residência.


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