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Escolinha de basquete no Tancredão faz garotada sonhar alto

Publicada em 17/04/2017, às 15h07

Por Lívia Albernaz, com edição de Matheus Thebaldi


André Sobral
Projeto Ilha Basquete no Tancredão
Aulas do projeto Ilha Basquete acontecem nas quadras do Tancredão
André Sobral
Projeto Ilha Basquete no Tancredão
Cerca de 400 alunos já participam do projeto. Para participar, é necessário estar estudando

Muitos atletas de ponta saem de projetos sociais. Para isso, basta acreditar, sonhar e correr atrás. A prova disso são os sonhos dos meninos do projeto Ilha Basquete, que abrange toda a comunidade. O professor Cristiano Rodrigues da Silva criou o projeto há 12 anos e há seis utiliza o Tancredão para as aulas, que são gratuitas.

Para participar, o aluno tem que estar estudando e ser disciplinado. Segundo o professor, ainda existe o acompanhamento da frequência na escola. Atualmente, o projeto conta com quase 400 alunos, e as turmas são divididas por categoria, com aulas de segunda a sexta, sempre começando às 19h30, da categoria sub-10 até a adulta masculina.

Os interessados devem comparecer a uma das quadras do Tancredão, de segunda sexta, de 19 horas às 20h30.

Competições e planos

"Meu plano é inscrever os meninos no campeonato estadual, e por isso estou correndo atrás de patrocinador. Estamos nessa luta com os pais. Queremos participar de campeonatos para que esses meninos sejam vistos por olheiros", disse Cris, que conta que o Ilha Basquete já possui sete títulos na história do projeto: "Falta um campeonato estadual", emendou.

Para ele, é gratificante ver o resultado do trabalho. "Alguns dos atletas já foram vistos e encaminhados para clubes. Fora isso, já recuperamos 45 alunos. Alguns meninos possuíam liberdade assistida. Outros, tiramos das drogas e, pelo esporte, eles voltaram ao convívio social e para a escola".

Amor ao basquete

Wemerson, o famoso "Pezão", tem 19 anos e pratica o basquete há três. Para ele, viver da modalidade é o maior sonho. "Adoro jogar basquete. Meu objetivo de vida é jogar basquete a vida toda. Eu trabalho de manhã e à noite estou sempre nos treinos. Eu estava acima do peso e o basquete me fez desligar do computador, sair de casa e buscar uma melhor alimentação", contou o ala pivô.

Luan, de 16 anos, não fica atrás: "Conheci o basquete aqui no Tancredão há três anos e não parei mais. Posso dizer que o basquete mudou a minha vida. Eu aprendi a trabalhar em equipe e na escola. Basquete é amor. A gente ama o que faz aqui. Acredito que todo mundo ama o que faz para estar todo dia aqui treinando", disse o armador.


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