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Crianças de Cmei escrevem carta pedindo fim da violência

Publicada em 06/09/2017, às 15h47

Por Fabrícia Kirmse, com edição de Matheus Thebaldi


Fabrícia Kirmse
Alunos de Cmei de Vitória escrevem carta pedindo o fim da violência
Carta das crianças do Cmei Nelcy da Silva Braga relata que elas ficam assustadas com barulho de tiros e bombas e, por isso, pedem paz

Crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Nelcy da Silva Braga, em Maruípe, produziram uma carta pedindo o fim da violência perto de suas casas. O texto, construído a partir das ideias dos próprios estudantes de 5 e 6 anos da unidade, foi transcrito pela professora e, a pedido dos pequenos, será entregue à polícia, à imprensa, às famílias, aos professores, ao Exército e ao presidente da República, Michel Temer.

A iniciativa surgiu a partir do projeto "De Candinho a Portinari", que a unidade de ensino está desenvolvendo nas duas turmas do grupo 6 no período vespertino. A diretora do Cmei, Iêda Maria Rocha Domingos, explica que foram feitos estudos da infância de Cândido Portinari, sua trajetória, obras e vida.

"Rememorando sua infância, foram exploradas diferentes brincadeiras e desenvolvidas oficinas de construção e diferentes tempos de exploração desse assunto. Conhecemos suas obras que retratam os retirantes, assim também contextualizando os retirantes de hoje, momento em que se lembraram da Síria", pontuou.

Fabrícia Kirmse
Alunos do Cmei Nelcy da Silva Braga fazem carta pedindo paz
A partir do projeto "De Candinho a Portinari", crianças fizeram reflexão sobre violência urbana e até a guerra na Síria

Resolução do problema

Segundo a diretora, houve, então, uma contextualização e reflexão sobre a guerra e a violência urbana e, a partir desse debate, os estudantes resolveram construir uma carta e encaminhar, segundo sugestão deles mesmos, para as pessoas que podem ajudar a resolver o problema.

"Escolheram enviar para 'a polícia' , 'os professores', 'as famílias', 'o sargento do Exército', 'o presidente' e 'o moço do jornal'", contou Iêda Maria.

A direção da escola vai atender ao pedido dos alunos e fazer o encaminhamento sugerido por eles. Dentro do mesmo projeto, as crianças estão construindo um painel "Guerra e Paz" (obra de Portinari), na visão dos próprios estudantes.


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