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Adolescentes do Projovem refletem sobre valorização do negro no Odomodê

Publicada em 01/07/2019, às 15h06

Por Paula M. Bourguignon, com edição de SEGOV/SUB-COM


Paula M. Bourguignon
Núcleo Afro Odomodê
Adolescentes participaram de atividade sobre combate ao racismo e valorização do negro no Núcleo Afro Odomodê

Identidade, reconhecimento e liberdade de expressão. Com esses objetivos, adolescentes do Projojem do Cras de Maruípe fizeram uma visita ao Núcleo Afro Odomodê, no Morro do Quadro, na manhã desta segunda-feira (1º).

Eles participaram de uma roda de conversa para expor palavras e imagens que representam momentos e sentimentos pessoais. Muitos aproveitaram para relatar assuntos como racismo, valorização do negro e protagonismo social.

"Essa atividade representou muito na minha vida. Todos deveriam ter liberdade. Eu nunca sofri racismo, mas sei de pessoas que já passaram por essa situação e sofrem. Isso dói muito", disse Flávia Lopes dos Santos, de 13 anos.

Julgamento

"As pessoas, às vezes, fazem julgamentos, seja pela sua cor ou por seu tipo de cabelo, seja pela roupa que você tem e usa. As pessoas deveriam gostar da gente pelo que a gente é, não pela nossa aparência física", afirmou Nicolly Hevyni Cândido de Azevedo, de 13 anos.

Resgate

"Realizamos uma atividade para conversar com os jovens sobre o significado da vida para eles e de acordo com a sua realidade. A partir disso, podemos tocar em assuntos relevantes, como questões raciais e identidade negra, para que eles se reconheçam, promovendo resgate e ressignificação da sua cultura", explicou a educadora social do Odomodê, Vivian da Cunha.

Valorização

"A atividade é interessante porque ela foca na questão da identidade e da valorização através da cultura, mostrando um outro lado da história. A história é sempre contada pelo colonizador, pelo homem branco. Temos que inverter isso aí e contar com uma outra perspectiva. Um homem mais sofrido, aguerrido e de um outro negro que sofreu preconceito, mas venceu e, em meio à adversidade, superou e criou o nosso Brasil", ponderou o educador social do Projovem, Kleber Rodrigues Marins.

"No Odomodê, fazemos esse recorde do negro e da cultura afro. A atividade mostrou as oficinas que o espaço oferece para eles. Nossos jovens saem dessa ação mais fortalecidos como pessoas, e isso acrescenta novas oportunidades na vida de cada um aqui", comentou Josiane Gundim Santos, assessora técnica dos Serviços de Fortalecimento de Vínculos do Projovem do Cras de Maruípe.


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