Prefeitura de Vitória

Esperança de um futuro melhor, motivação para seguir em frente e uma nova chance para mudar de vida são os anseios mais comuns entre os participantes do Projeto Vitória Alfabetizada. E com a dona de casa Luciana Reis, de apenas 20 anos, não seria diferente. Num primeiro momento, sua timidez mostrou ser uma barreira para ela. Ela não queria ingressar sozinha no projeto de alfabetização de adultos ofertado pela Prefeitura de Vitória.

Mas mãe que é mãe procura sempre fazer o que é melhor para os filhos, não importa a idade que tenham. E, ao decidir por acompanhar a filha nas aulas do projeto, dona Terezinha Reis, de 52 anos, percebeu que estava ajudando, principalmente, a si mesma, afinal de contas, ela também ainda não sabia ler e escrever.

"Quando entrei no projeto, estava grávida e perdi algumas aulas por causa de enjoos típicos da gestação. Minha mãe continuou frequentando e trazia para casa as lições do dia, auxiliando naquilo que eu perdia. Dentro de sala, a professora sempre foi muito atenciosa. Algumas vezes ela chegou a pegar em nossas mãos para ganharmos mais estabilidade na hora da escrita. É uma experiência única, com uma mudança para a vida inteira", lembrou Luciana.

Em fevereiro deste ano, ela foi convidada para participar da solenidade de lançamento da Revista do Planejamento Estratégico 2013-2016, no Theatro Carlos Gomes, e foi cumprimentada pelo prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

Estudos

Após oito meses frequentando o curso, mãe e filha estão perto de se formarem com a turma de Nova Palestina. E o objetivo agora é outro: dar continuidade aos estudos na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) e concluir o ensino fundamental com o mérito de poder ler e escrever fluentemente. A trajetória não foi fácil e, agora, Luciana relata os benefícios que saber ler e escrever trazem para sua vida.

"É emocionante poder ler por conta própria. Todas as vezes que pensei em desistir lembrava do meu filho pequeno e isso me dava forças para continuar. Quero servir de exemplo, não só para ele, mas para todas pessoas que não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever. Todos merecem uma segunda chance. Um exemplo disso foi minha mãe. Ela entrou no programa por minha causa e tomou tanto gosto que já na terceira semana estava lendo e em nenhum momento pensou em desistir", finalizou Luciana.

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