Patrimônios Históricos

O patrimônio histórico do Centro é mais antigo do que os das cidades de Ouro Preto (MG) e São Paulo (SP). Turistas e moradores contam com visitas monitoradas gratuitas. Dos 51 pontos turísticos e culturais que integram a área, sete são monitorados pelo Visitar, entre eles a Catedral Metropolitana, a Igreja do Carmo, o Convento São Francisco e o Theatro Carlos Gomes.

Região concentra igrejas e fortes transformados em monumentos históricos

Yuri Barichivich
Iluminação recuperada na Catedral Metropolitana de Vitória
Vitor Nogueira
Galeria do teatro, vazia e iluminada

Vitória é uma cidade de antigas edificações. Mesmo antes de tornar-se a capital do Espírito Santo, seu território já comportava capelas, fortes e espaços hoje transformados em monumentos históricos que trazem a história da dominação, da luta dos nativos e do desenvolvimento.

Ao chegar ao Centro de Vitória é possível encontrar construções em excelente estado de preservação, datadas a partir da primeira metade do século XVI, quando foram construídas, após o rei português Dom João III ter introduzido o sistema de donatários para cada Capitania - faixas de terra traçadas do litoral até a linha imaginária estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas.

A Capitania do Espírito Santo ficou sob o comando de Vasco Fernandes Coutinho, que iniciou a administração, colonização, proteção e desenvolvimento da região, conforme os objetivos de dominação da casa real portuguesa. O patrimônio histórico do Centro é mais antigo do que os das cidades de Ouro Preto (MG) e de São Paulo (SP).

Assim, antes mesmo de a cidade de Vitória ter sido fundada, a Capela de Santa Luzia foi construída por Duarte de Lemos, provavelmente após sua chegada à capitania, em 1537. A capela foi erguida sobre uma pedra, na região atualmente chamada de Cidade Alta. É a construção mais antiga de Vitória. Somente 17 anos depois, em 1554, a pouco menos de mil quilômetros de distância de Vitória, os jesuítas construíram o edifício de um colégio, marcando o início da cidade de São Paulo.

A pequena igreja do Centro de Vitória é ainda mais antiga do que a cidade colonial mineira de Ouro Preto, tida como uma das mais antigas do Brasil. Ouro Preto surgiu com o nome de Vila Rica entre 1693 e 1698, provavelmente a partir de uma expedição comandada pelo bandeirante Duarte Lopes. Ou seja, Ouro Preto surgiu 130 anos após a construção da Capela Santa Luzia.

Traçado colonial

Vitória foi fundada oficialmente no dia 8 de setembro de 1551. A cidade manteve seu traçado colonial até o início do século XX, quando foram produzidas mudanças urbanas e o perfil do território foi alterado por grandes aterros e obras viárias. Apesar dessas grandes transformações urbanas, a área central conservou um grande acervo cultural, com patrimônios datados dos séculos XVI ao XX, por meios dos quais a memória da sociedade capixaba encontra grande parte de sua história.

As mudanças urbanísticas no Centro de Vitória, principalmente a partir da década de 50 do último século, acompanharam a nova função comercial estabelecida para a região, transferindo-se para área norte da cidade a maioria das habitações.

Leia também

Última atualização em 28/05/2019, às 13h40

Viaduto Caramuru

Tadeu Bianconi
Viaduto Caramuru

O Viaduto Caramuru foi construído em 1925 com o objetivo de ligar as ruas Dom Fernando e Francisco Araújo e servir de passagem para o bonde, que então circulava pela Cidade Alta. O bonde, entretanto, nunca chegou a atravessar o viaduto, ou porque temiam que ele não aguentasse o peso ou porque o bonde não era capaz de fazer a curva que ligava as ruas ao viaduto.

Logo abaixo se encontra a rua Caramuru, local histórico onde teria ocorrido uma batalha contra holandeses que tentaram invadir a ilha em 1640. Naquela época, a ladeira levava ao Cais São Francisco, utilizado pelos freis do Convento São Francisco.

O nome do viaduto, e da rua sob ele, foi dado em homenagem aos Caramurus, membros da Irmandade de São Benedito do Convento São Francisco, que foi extinta no início do século XX. O nome surgiu a partir de conflitos com os irmãos de outra irmandade do mesmo santo, situada na Igreja do Rosário, que receberam o nome de Peroás.

Durante a década de 1930, algumas casas que ficavam próximas ao viaduto foram derrubadas para o alargamento da rua Caramuru e do viaduto, situado próximo também da Igreja de São Gonçalo. O viaduto foi reformado durante as décadas seguintes.

Onde fica

Rua Caramuru, Cidade Alta - Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização em 11/02/2019, às 16h42

Palácio Anchieta

Victor Nogueira
Palácio Anchieta

O Palácio Anchieta é uma das sedes de governo mais antigas do Brasil. Foi construído inicialmente para abrigar o colégio jesuíta. Com a chegada dos padres Brás Lourenço e José de Anchieta à cidade, a construção recebeu uma base mais sólida. Anchieta foi um dos personagens mais significativos da ordem jesuíta no Brasil, e ficou conhecido pelo trabalho com os nativos da Região Sudeste. O túmulo simbólico do religioso se encontra no local onde era o altar-mor da antiga igreja.

Até 1760, o Palácio Anchieta abrigou o Colégio de São Tiago, que ensinava a ler, a escrever, além de Filosofia e Teologia. O colégio também era a sede administrativa e a sede das missões dos jesuítas no Espírito Santo. Já a Igreja de São Tiago servia espiritualmente à sociedade.

Em meados do século XVIII, por ordem de Dom José, rei português, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias. Como consequência, os bens da ordem foram incorporados ao Governo. Com isso, o colégio é transformado em sede do Governo e passou a abrigar, também, vários outros serviços, como o Hospital Militar, o Quartel e a Fazenda.

De 1908-1912, no Governo de Jerônimo Monteiro, foram realizadas reformas e a igreja foi desativada e totalmente descaracterizada. Nesse período, a fachada foi remodelada pelo engenheiro francês Justin Norbert e recebeu diversos elementos em estilo eclético.

Visitas guiadas e gratuitas

  • Na parte histórica, de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas.
  • Na antiga residência dos governadores e gabinete, aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 16 horas

Onde fica

Rua Pedro Palácios - Centro Histórico, Vitória, ES - Ver no mapa
Tel: (27) 3636-1032 e 3636-1048

Última atualização em 19/07/2019, às 17h34

Escadaria Maria Ortiz

Paula Barreto
Escadaria Maria Ortiz

A Escadaria Maria Ortiz, antes chamada de Ladeira do Pelourinho, traz em seu nome a lembrança da vitória dos capixabas sobre piratas holandeses, que tentaram conquistar a ilha durante o século XVII.

Alvo de piratas e de corsários desde a descoberta do Brasil, a cidade de Vitória tem um histórico de vitórias sobre piratas famosos. Um desses invasores foi o corsário holandês Pieter Pieterszoon Heyn (conhecido também como Piet Heyn), que aportou em 10 de março de 1625 e, junto com seus subordinados, atacou a vila na tentativa de conquistá-la. Entretanto, os invasores foram surpreendidos pela imprevista iniciativa da capixaba Maria Ortiz.

A jovem se destacou por incentivar os vizinhos a arremessarem água fervente, brasa, pedras, entre outros objetos, sobre os holandeses que subiam pela então Ladeira do Pelourinho. Os invasores buscavam alcançar o coração de Vitória, a Cidade Alta, e dali o domínio da ilha. Seguindo o exemplo de Maria Ortiz, o povo capixaba conseguiu espantar os holandeses, que retornaram ao seu navio, atracado onde atualmente se encontra a Praça Oito de Setembro, e se foram.

Em 1899, quando a Câmara Municipal decretou a nomeação e numeração de ladeiras, becos, ruas, cais e travessas, a ladeira recebeu o nome de Maria Ortiz, em homenagem à jovem. Trinta e cinco anos depois, em 1924, a mesma ladeira, já reformada, transformou-se na Escadaria Maria Ortiz, inaugurada no dia 15 de novembro.

A escadaria teve como autor o engenheiro Henrique Novaes e era ladeada por belas residências coloniais. Essas moradias, entretanto, foram demolidas para a construção de novos edifícios, dentro do objetivo da época, que era promover a modernização da capital do estado.

Onde fica

Escadaria Maria Ortiz, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização em 14/03/2019, às 18h36

Escadaria de São Diogo tem arquitetura em estilo eclético

Kadidja Fernandes
Escadaria São Diogo

A Escadaria de São Diogo foi construída ao lado de um antigo forte de proteção de Vitória, o Forte São Diogo, que tinha a posição estratégica de monitorar um dos acessos à cidade alta. A fortificação defendia o braço de mar que entrava pela Baía de Vitória em direção à Praça Costa Pereira e seguia dividido à Fonte Grande e à Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo.

Devido à falta de espaço para expansão da capital, que até então possuía inúmeras fortificações, foi necessário o aterro de parte do canal de Vitória. Com isso, o forte perdeu sua utilidade, sendo removido no século XIX.

O local da escadaria era chamado originalmente de Ladeira da Pedra, como ainda continua sendo denominada a sua parte superior, por não ter na época calçamento algum e uma precária escada esculpida diretamente na pedra bruta. Em 1942, foi construída uma nova escadaria e, com seu estilo eclético, mostrou maior imponência em relação ao desenho anterior característico do passado colonial. Apesar de a escadaria se manter discreta na paisagem da cidade, ainda preserva a importante função de ligar a cidade baixa, a partir da Praça Costa Pereira, à cidade alta, próximo à Catedral Metropolitana.

Onde fica

Escadaria São Diogo, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa

Última atualização em 20/12/2016, às 14h51

Praça Oito de Setembro

Leonardo Silveira
Praça Oito de Setembro

Antes do aterro existia no local o Cais Grande e depois o Cais da Alfândega. Em 1911, após o aterro foi construída a praça chamada Oito de Setembro, nome que permanece até hoje em homenagem a data de fundação da Cidade de Vitória. Abriga um relógio montado pelo alemão João Ricardo Hermamm Schorling que emite a cada hora os sete primeiros acordes do Hino do Espírito Santo. O relógio é movido por um programador lógico controlável (PLC), que aciona um servo-motor de alta precisão. O som provém de sete sinos, cada um reproduzindo uma das sete notas musicais.

A praça é um dos principais locais de concentração e de manifestações populares. O caráter político da Praça sempre foi muito forte. Comícios políticos de destaque ainda acontecem ali, nos dias atuais. Foi tombado como Patrimônio Histórico Cultural do Espírito Santo em 1984. O calçamento da praça é de pedras portuguesas brancas e pretas, formando mosaicos e a arborização do entorno data de 1900.




Onde fica

Av Jerônimo Monteiro, 348, Centro Histórico, Vitória - Ver no mapa.

Última atualização em 08/02/2019, às 18h03

Praça Costa Pereira

Elizabeth Nader
Ipê Rosa na Praça Costa Pereira

A Praça Costa Pereira é um dos mais importantes espaços históricos do Centro da capital. Conhecida inicialmente como Largo do Teatro, por abrigar o Teatro Melpômene. o Largo Costa Pereira ganhou esse nome em homenagem ao conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Júnior, importante figura abolicionista. Muitos anos se passaram até que o Largo fosse chamado de Praça, por causa da lentidão nos processos de paisagismo e pavimentação.

Somente na década de 1920 as transformações urbanas se tornaram efetivas, transformando o antigo Largo numa praça ajardinada, inaugurada em 1926. A vida urbana povoou o entorno da Praça, que passou por mudanças significativas, principalmente no cenário cultural. Por exemplo, a inauguração do Theatro Glória, que ficava num prédio de cinco andares e também abrigava café e cinema.

Onde fica

Av. Jerônimo Monteiro, Centro, Vitória - Ver no mapa.

Última atualização em 01/03/2024, às 13h26

Forte foi construído para proteger Vitória de invasões

O Forte São João - atualmente conhecido como Saldanha da Gama - foi construído, no início do século XVIII, para ser uma fortaleza e proteger a ilha de Vitória de invasões estrangeiras. Depois, funcionou como cassino e foi, durante décadas, sede de um tradicional clube de regatas da cidade – o que lhe valeu o nome pelo qual é conhecido até hoje. Essa é a história do Saldanha da Gama, prédio comprado e reformado pela Prefeitura de Vitória, local aberto à visitação pública e atual sede da Secretaria de Esportes e Lazer

Tudo começou em 1592, quando o pirata inglês Thomas Cavendish se aproximou com sua esquadra da ilha de Vitória, depois de um saque bem-sucedido a Santos, Estado de São Paulo.

Para se defenderem dos invasores, os habitantes da Vila de Vitória improvisaram, com madeira, pedras, areia, dois fortes na baía: um na base do Morro do Penedo e outro no Morro do Vigia. Depois da expulsão dos piratas, o forte do Penedo foi gradativamente desativado. Já a construção erguida do outro lado da baía foi mantida e deu origem ao Forte São João.

Saldanha da Gama

Muralha e canhões

Entre 1678 e 1682, a fortaleza passou por um processo de recuperação, mas foi em 1726, com um projeto do engenheiro Nicolau de Abreu, que o Forte São João foi erguido. A estrutura, com um pavimento, contava também com muralha de proteção, merlões, canhoneiras e 10 canhões. Data de 1767 o registro da primeira planta do forte, feita pelo engenheiro José Antônio Caldas.

Em 1808, o Forte São João foi ampliado, com a construção, ao fundo, de uma área mais alta que as demais. Depois de oito décadas e de muitas batalhas em defesa do território, o forte foi desativado. A edificação e o seu entorno foram vendidos e a área passou a se chamar Chácara do Bispo.

Em 1924, a edificação foi comprada, reformada e ampliada, passando a contar com três andares e uma entrada para o pavimento superior, pela avenida Vitória. A fachada também sofreu grande mudança, ganhando um aspecto eclético. No local iniciaram-se as atividades do Cassino Trianon, que lá funcionou até 1930.

Clube se instala nos anos 30 e transforma uso de prédio

O prédio do antigo Forte São João foi oficialmente comprado pelo Clube de Regatas Saldanha da Gama em 1931. Para empreender mais uma reforma na edificação, em 1934 contratou-se André Carloni, renomado construtor da época. A construção ganhou um passadiço e nova sacada. O salão foi ampliado e a fachada, modificada. Na década de 40, o prédio já contava com cinco pavimentos, incluindo o térreo e as duas torres.

O pátio, que antes abrigava brinquedos, como um carrossel, passou a ser espaço aberto à prática de esportes, festas e solenidades. No local, jogavam-se basquete e futebol e também batizavam-se os barcos de remo, esporte que era orgulho do clube.

Quando foi oficialmente comprado pelo Clube de Regatas Saldanha da Gama, em 1931, o prédio do antigo Forte São João ainda estava às margens da baía e esportes como o remo, a natação e o polo aquático eram muito praticados pelos atletas do clube.

Uma piscina flutuante era montada na baía com a ajuda de barcos e bóias, que demarcavam as margens, para a disputa das provas de natação e jogos de pólo aquático.

A intensa prática de esportes levou atletas do clube a se destacarem estadual e nacionalmente. O mais brilhante da história do Saldanha da Gama foi o desportista Wilson Freitas que, remando, levou a tradição do Saldanha para fora do Espírito Santo. Em sua homenagem, seu nome foi dado ao ginásio que o clube construiu ao lado do antigo forte e seu túmulo foi decorado com a escultura de um barco de remo.

Prédio permanece com o nome Saldanha da Gama

O antigo Forte São João passou a se chamar Clube de Regatas Saldanha da Gama, quando em 1931 começou a abrigar oficialmente a sede social do clube.

O nome é uma homenagem ao almirante Luís Filipe Saldanha da Gama, que nasceu em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, em abril de 1846.

Durante os anos que ocupou o prédio, o clube, fundado em 1902, marcou a vida de moradores de Vitória. A edificação - agora sede da Secretaria de Esportes e Lazer e ponto turístico aberto à visitação pública - avança na história com o nome Saldanha da Gama, conservando parte do que representou na vida dos capixabas.

Onde fica

Endereço: Av. Vitória, 320 - Centro, Vitória (ES)

Última atualização em 29/07/2014, às 14h21

Prédio que abriga a FAFI, no Centro da capital, foi inaugurado em 1926

Arquivo PMV
Fachada da FAFI, conteúdo verticalizado

No coração da Ilha de Vitória, a Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música FAFI contribui no processo de revitalização do Centro. Funciona num edifício projetado pelo arquiteto tcheco-eslovaco Josef Pitlik, construído no governo de Florentino Avidos (1924-1928) e inaugurado em 1926, durante o Oitavo Congresso Brasileiro de Geografia.

No decorrer dos anos, o prédio foi cenário de diversas atividades. Após a inauguração, tornou-se ambiente do Grupo Escolar Gomes Cardim. Em 1948, com a anexação do grupo escolar à escola Normal Pedro II, passou a abrigar o Colégio Estadual, que ali permaneceu até 1958, quando a escola foi transferida para o Morro do Forte São João.

 

Pouco tempo depois, surgia a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, origem da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Devido à importância sociocultural da faculdade, o prédio, antes conhecido por Gomes Cardim, passou a ser chamado FAFI, a sigla da instituição. A criação da Ufes em 1954 e sua federalização em 1961 tornaram o edifício patrimônio do Governo Federal.

Foto Divulgação
FAFI 4

Tombamento

Veio o Regime Militar. Uma das salas foi transformada em depósito de livros considerados subversivos apreendidos no diretório Acadêmico do Centro Biomédico da Ufes. Em 1971, a parte da Universidade que funcionava na FAFI foi transferida para o campus de Goiabeiras. A edificação foi também sede do Serviço de Identificação da Secretaria de Segurança Pública do Espirito Santo até 1976, quando é totalmente fechada.

O prédio teve seu tombamento determinado em 1982. Cinco anos mais tarde, a Prefeitura de Vitória o adquiriu. Em 25 de janeiro de 1992, as portas foram reabertas e foram iniciadas no local as atividades da Escola de Artes FAFI, sendo oferecidas oficinas de curta duração em diversas áreas artísticas, como teatro, fotografia, dança e cinema.
Em março de 1998, a FAFI se transformou em uma escola de qualificação profissional em teatro e dança, formando, em dezembro de 1999, suas duas primeiras turmas nessas áreas.

Foto Divulgação
FAFI 5

Em 2010, a Prefeitura de Vitória incorporou a área de Música à escola. Em setembro de 2012, foi publicado o Decreto Municipal 15.486, que instituiu a Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música FAFI, vinculada à estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Cultura (Semc).

Em 2014 o Conselho Estadual de Educação aprovou o funcionamento da Escola para a oferta dos cursos técnicos de Dança e Arte Dramática.

 

Onde fica

Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música FAFI
Av. Jerônimo Monteiro, 656 - Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Funcionamento: segunda a sexta das 8 às 21h30
Telefone: (27) 3381-6921
Espaço Cultural FAFI
Rua Coutinho Mascarenhas, 36, Centro Histórico, Vitória - ES - Ver no mapa
Telefone: (27) 3381-6922

Última atualização em 16/08/2022, às 18h57

Turistas e moradores podem fazer visitas monitoradas à região histórica

Turistas e moradores contam com visitas monitoradas gratuitas no Centro histórico de Vitória. Dos 51 pontos turísticos e culturais que integram a área, sete são monitorados pelo Visitar e ficam abertos à visitação de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13h às 17 horas.

O atendimento é realizado por monitores capacitados que apresentam aspectos históricos, arquitetônicos e culturais de cada espaço.

Sobre o Centro

Vitória é uma cidade de antigas edificações. Mesmo antes de tornar-se a capital do Espírito Santo, seu território já comportava capelas, fortes e espaços hoje transformados em monumentos históricos que trazem à ilha a história da dominação, da luta dos nativos e do desenvolvimento. O patrimônio histórico do Centro é mais antigo do que os das cidades de Ouro Preto (MG) e de São Paulo (SP).

Ao chegar ao Centro de Vitória é possível encontrar construções em excelente estado de preservação, datadas a partir da primeira metade do século XVI, quando foram construídas, após o rei português Dom João III ter introduzido o sistema de donatários para cada Capitania - faixas de terra traçadas do litoral até a linha imaginária estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas.

A Capitania do Espírito Santo ficou sob o comando de Vasco Fernandes Coutinho, que iniciou a administração, colonização, proteção e desenvolvimento da região, conforme os objetivos de dominação da casa real portuguesa.

Assim, antes mesmo de a cidade de Vitória ter sido fundada, a Capela de Santa Luzia foi construída por Duarte de Lemos, provavelmente após sua chegada à capitania, em 1537. A capela foi erguida sobre uma pedra, na região atualmente chamada de Cidade Alta. É a construção mais antiga de Vitória. Somente 17 anos depois, em 1554, a pouco menos de mil quilômetros de distância de Vitória, os jesuítas construíram o edifício de um colégio, marcando o início da cidade de São Paulo.

A pequena igreja do Centro de Vitória é ainda mais antiga do que a cidade colonial mineira de Ouro Preto, tida como uma das mais antigas do Brasil. Ouro Preto surgiu com o nome de Vila Rica entre 1693 e 1698, provavelmente a partir de uma expedição comandada pelo bandeirante Duarte Lopes. Ou seja, Ouro Preto surgiu 130 anos após a construção da Capela Santa Luzia.

Traçado colonial

Vitória foi fundada oficialmente no dia 8 de setembro de 1551. A cidade manteve seu traçado colonial até o início do século XX, quando foram produzidas mudanças urbanas e o perfil do território foi alterado por grandes aterros e obras viárias. Apesar dessas grandes transformações urbanas, a área central conservou um grande acervo cultural, com patrimônios datados dos séculos XVI ao XX, por meios dos quais a memória da sociedade capixaba encontra grande parte de sua história.

As mudanças urbanísticas no Centro de Vitória, principalmente a partir da década de 50 do último século, acompanharam a nova função comercial estabelecida para a região, transferindo-se para área norte da cidade a maioria das habitações.

Informações

Mais informações sobre o Visitar Centro Históirico podem ser obtidas pelos telefones (27) 3235-2813 e 3381-6925, de segunda a sexta-feira, das 12h às 19 horas

Última atualização em 14/02/2017, às 17h33

Igreja de São Gonçalo

Marcos Salles
Fachada da Igreja São Gonçalo
Thalles Waichert
Projeto Visitar

Conhecida como a igreja dos casamentos duradouros, o local abrigou a capela construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Amparo e da Boa Morte. Em 1715, a irmandade solicitou a construção de uma nova igreja, consagrada a São Gonçalo Garcia. Em 2 de novembro 1766, com a presença do Visitador Diocesano, padre Antônio Pereira Carneiro, e do vigário da vila de Vitória, Antônio Xavier, a igreja foi consagrada a este santo português.

No século XIX, a Irmandade torna-se Confraria. Posteriormente, a Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção tornou-se uma Arquiconfraria, sendo a única a receber esse título em Vitória.

Diante da desapropriação da Igreja de São Tiago e da demolição da Igreja Matriz, a igreja de São Gonçalo serviu como sede paroquial e exerceu as funções de Catedral. Sua fachada e altar-mor, com entalhes em madeira pintados a ouro, possuem características da arquitetura barroca. Foi tombada pelo IPHAN em 1948.

Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas.

Onde fica

Rua São Gonçalo - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3233-2856

Última atualização em 24/05/2019, às 14h36

Igreja e Museu Nossa Senhora do Rosário mantém características há 2 séculos

Carlos Antolini
Igreja do Rosário

A construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi iniciada em 1765. A estrutura principal foi concluída em dois anos, com a mão de obra escrava negra. O terreno foi doado à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos pelo capitão Felipe Gonçalves dos Santos.

A igreja é afastada do núcleo original da povoação de Vitória. Seu acesso principal se dá por uma extensa escadaria voltada para o mar.Um cemitério foi construído ao lado da Igreja, garantindo um enterro para os irmãos negros, já que os cemitérios públicos não aceitavam receber negros, fossem alforriados ou escravos.

As festas dedicadas a Nossa Senhora do Rosário despertavam interesse na capitania, mas para os negros da irmandade a devoção mariana não era única. Eles prestavam culto também a São Benedito, com quem se identificavam.

No início do século XIX ocorreu o roubo da imagem de São Benedito do Convento de São Francisco. Proibiu-se a saída da imagem em procissão. A imagem, então, foi levada para a Igreja do Rosário pelos membros da irmandade e devotos do santo. Esse fato deu início aos famosos conflitos entre Peroás (os irmãos da Igreja do Rosário) e Caramurus (os irmãos do Convento).

Tombada como patrimônio histórico, a igreja mantém as características originais da fachada colonial e o frontão barroco, além do cemitério e dos ossários em seus corredores.

Ao lado, foi construída a "Casa de Leilão", que tinha o nobre exercício de arrecadar verbas para comprar a alforria de escravos.

Um pequeno museu resgata essa história, apresentando imagens e peças utilizadas pela Irmandade de São Benedito, inclusive antigas vestes e um andor que pesa cerca de 400 quilos, usados pelos fiéis durante as famosas procissões.

* Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas (serviço atualmente suspenso por obras de manutenção).

Onde fica

Rua do Rosário, Cidade Alta - Centro - Ver no mapa.
Telefone: (27) 3235-7444

Última atualização em 11/02/2019, às 15h54

Igreja e Convento Nossa Senhora do Carmo

Arquivo SECOM/PMV
Igreja do Carmo
Arquivo SECOM/PMV
Fachada Igreja do Carmo

O Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo foi fundado em 1682 por padres carmelitas. O conjunto era formado pelo convento propriamente dito, pela Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo e pela Capela da Ordem Terceira. Todos possuíam estilo colonial, com linhas barrocas.

Em 1872, o edifício foi assumido pelo governo provincial que o utilizou em várias funções, inclusive a de quartel militar. Entre 1910 e 1913 passou por reformas ganhando mais um andar, enquanto a igreja recebia uma roupagem eclética, a influência do estilo gótico. A capela que ficava ao lado da igreja foi demolida em 1930. Em 1984 sua fachada foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura. A Igreja dispões de imagens em seus altares e quadros da Via-Crucis.

Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas.

Onde fica

Ruas Coronel Monjardim e Coutinho Mascarenhas, Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-0158

Última atualização em 14/03/2019, às 17h49

Convento de São Francisco e Capela Nossa Senhora das Neves

Paula Barreto
Sinalização turísitca
Elizabeth Nader
Convento São Francisco

Construído no final do século XVI pelos padres franciscanos o convento foi pioneiro no abastecimento de água em domicílio na cidade. Além da igreja dedicada a São Francisco, a edificação abrangia as dependências necessárias ao monastério e a Capela da Ordem Terceira da Penitência.

A esse conjunto foi acrescentado, posteriormente, um cemitério municipal, que funcionou até 1908. Próximo ao local, uma capela sob a invocação de Nossa Senhora das Neves passou a ser necrotério. A capela, em arquitetura colonial, ainda hoje permanece nas dependências do convento.

O Convento abrigou diversas irmandades, dentre elas a Irmandade de São Benedito, que se reunia na Capela da Venerável Ordem Terceira e movimentava a cidade com suas festas e procissões. Com o tempo, o Convento ficou ocioso e as autoridades civis passaram a requisitá-lo para diversas finalidades, funcionando como escola e enfermaria para atender às vitimas das constantes epidemias que atacavam a cidade na metade do século XIX.

A partir daí, abrigou diversos usos como, orfanato, residência episcopal, rádio, colégio e residência das Irmãs Carmelitas. Atualmente abriga a Cúria Metropolitana e diversas entidades ligadas a Igreja Católica.

O frontispício, reformado em 1744 e 1784, foi o que restou do conjunto arquitetônico original do Convento São Francisco. Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1984, demarca o espaço do que foi o primeiro Convento Franciscano construído na Região Sul do Brasil Colônia.

Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas.

Onde fica

Rua Soldado Abílio dos Santos, 47 - Cidade Alta - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-6711

Última atualização em 19/07/2019, às 17h23

Capela de Santa Luzia

Paula Barreto
Capela de Santa Luzia
Foto Setur
Capela Santa Luzia

É a igreja mais antiga de Vitória. Foi erguida no século XVI sobre uma rocha, em estilo colonial, com traços arquitetônicos simples e edificada na fazenda de Duarte Lemos, na sesmaria doada pelo primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho.

Construída em pedra e cal de ostra e coberta com telhas de barro, apresenta as mesmas características das outras igrejas do Espírito Santo: nave retangular, mais longa e mais alta do que a capela-mor. Tem como peculiaridade uma única porta de acesso, coroada com um pequeno frontão, datado do século XVIII, ao lado da torre sineira.

Em 1943 foi restaurada e fincionou como galeria de arte e Museu de Arte Sacra. Considerada uma obra de grande valor histórico e Cultural, a Capela de Santa Luzia é um marco do início da colonização do Espírito Santo. Foi tombada pelo IPHAN em 1946.

Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas (serviço atualmente suspenso por obras de restauro pelo IPHAN).

Onde fica

Rua José Marcelino, s/nº - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-0606

Última atualização em 19/07/2019, às 17h25

Catedral Metropolitana de Vitória

Arquivo PMV/Secom
Catedral - Centro de Vitória

A Catedral Metropolitana de Vitória começou a ser construída em 1920 e foi concluída em 1970. O projeto inicial era de Paulo Motta, o mesmo que projetou o Parque Moscoso, e foi se modificando com o passar dos anos, tendo recebido colaboração de vários artistas e arquitetos.

Ela ocupou o lugar onde, até 1918, havia uma igreja chamada Igreja de Nossa Senhora da Vitória, que era a Matriz da cidade. Era uma igreja de estilo colonial, que começou a ser edificada em 1551, quando Vitória ainda se chamava Vila Nova, no período do primeiro donatário da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho.

Samira Gasparini
Missa na Catedral Metropolitana de Vitória

Com a criação da Diocese do Espírito Santo (1895) e a nomeação do primeiro bispo, Dom João Batista Correia Nery, a igreja recebeu o título de Catedral. Posteriormente, deteriorada e considerada pequena demais para comportar o crescente número de fiéis, foi demolida com o intuito de ser substituída por uma igreja maior, de acordo com o desejo de modernizar a capital do estado.

Símbolo da cidade de Vitória, a Catedral foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura, em maio de 1984. Destaca-se no ambiente por sua imponência e por possuir arquitetura eclética com característica neogótica. Tem como destaque os maravilhosos vitrais de suas paredes.

Visitas monitoradas e gratuitas, de quarta a domingo, inclusive feriados, das 13 às 17 horas.

Onde fica

Praça Dom Luiz Scortegagna - Centro - Ver no mapa
Telefone: (27) 3223-0590

Última atualização em 14/03/2019, às 17h55

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