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Centro Pop: cinema é utilizado com estratégia para superação

Publicada em 30/04/2024, às 12h05 | Atualizada em 30/04/2024, às 12h07

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Eduarda Miranda


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Jailani e Carlos Henrique enxergam novas oportunidades de vida através do cinema
Jailani e Carlos Henrique enxergam novas oportunidades de vida através do cinema (ampliar)
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Flávio Emicithug, educador social que atua no Centro Pop
Flávio Emicithug, educador social que atua no Centro Pop (ampliar)

Que o cinema tem um papel importante para a transformação pessoal e da sociedade é inegável. Por isso, o Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop) de Vitória está apostando nos recursos audiovisuais como estratégia para abordar temas que buscam promover o diálogo, reflexões, chamar atenção para o processo de superação e, principalmente, para que os frequentadores do local acreditem no próprio potencial.

A sala de informática se transforma em espaço de exibição de filmes escolhidos a partir das sugestões dos usuários, em rodas de conversa conduzidas pelo educador social Flávio Emicithug em parceria com o Dj Jota, que também atua no Centro Pop. Segundo o educador, cada sessão é uma oportunidade para garantir dignidade e autonomia a essa população.

"Usamos as artes visuais como mais um incentivo para que o grupo foque nas ações pessoais e nas intervenções promovidas no espaço para superação da condição de rua", ressaltou Flávio. E a primeira reação que tem despertado entre os usuário do Centro Pop é de felicidade e até de sonho realizado, como disse Jailani de Jesus Silva, de 30 anos, há um ano em situação de rua.

"Gosto demais de filme. Me sinto feliz, quando chamam para a sessão de cinema. Mesmo nas ruas da vontade de assistir, mas não tenho mais dinheiro", revelou Jailani. Ela contou que devido a uma depressão pós-parto largou tudo, até mesmo, os quatro filhos - 3, 4, 7 e 14 anos aos cuidados da avó paterna e foi para as ruas. "Vendo esses filmes fico mais tranquila. Quero ficar com cabeça boa para voltar e buscá-los", disse ela.

Na sala de cinema, o jovem Carlos Henrique Morgado, 21, disse que estava realizando um sonho. "Nunca fui ao cinema. Nem sei como é de verdade nem sei como entrar. Mas, aqui, posso imaginar. Estou feliz. Aqui é bom demais. Ainda mais assistir ao lado do meu amor", contou ele.

A coordenadora do Centro Pop, Danielle Solano, revelou que toda a equipe do espaço apoiou a proposta de criação da sala de exibição. "A gente acredita e aposta em todas as expressões de arte para reforçar as intervenções feitas pelas equipes na garantia de direitos e autonomia dos seres", complementou ela.

A secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, disse que se sente realizada e com a criatividade dos trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social de Vitória que são assertivos na proposição de ações, atividades, intervenções que promovem o diálogo, bem como reflexões e ações de superação.

"O trabalho da Assistência Social é pautado no diálogo e promoção de autonomia das pessoas", ressaltou a secretária. 

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